(O testemunho abaixo, foi publicado, em parte, na Revista Visão Missionária, cuja capa está acima, página 21.
Nem tudo que reluz é ouro!
“Prezada irmã Jane Esther,
Antes de escrever este testemunho, fiquei pensando se realmente deveria fazê-lo, mas, uma noite, depois de ficar sem dormir, pensando em minha família e em tudo que aconteceu, Deus falou ao meu coração, e, então resolvi escrever para a irmã, abrindo o meu coração e autorizando esta publicação, sendo que não gostaria que o que está grifado em vermelho, fosse publicado. Conto com a sua compreensão.
Uma das maiores alegrias que recebi do Senhor Jesus Cristo, foi o privilégio de conhecer através da Revista Visão Missionária (recebi de presente de minha tia que pertence a igreja Batista) o PROMI - Projeto Mulheres Intercessoras e também o Ministério de Oração de Mães em Contato. Foi através do testemunho daquela mãe, cujo filho estava envolvido com drogas e que foi alcançado por Jesus, que meu coração transbordou. Na mesma semana entrei em contato com a irmã, para receber as informações necessárias, pois não conseguia mais, somente orar pelos meus filhos.... Eu queria mais... Para mim não tinha bênção maior do que colocar meus filhos no altar, junto com minhas companheiras de oração, uma vez por semana e sermos testemunhas da atuação de Deus na vida deles... Quantas bênçãos. Irmã Jane Esther... Coordeno 4 Grupos de Mães em Contato. Estou escrevendo e chorando de tanta alegria. Essa emoção não tem preço.
Somos uma família muita ativa na igreja, meus filhos (4 filhos: 2 meninos (9 e 12 anos); 2 meninas (13 e 16 anos) estão bem adaptados, ativos em suas respectivas faixas etárias. Meu marido, um servo de Deus profundamente comprometido com Deus, a família e o ministério.
Nos últimos 3 anos, por ocasião das férias das crianças e do verão, sempre recebemos o convite de uma família da nossa igreja, para passarmos um final de semana em sua casa de praia, o que com prazer aceitamos. É uma família muito querida é integrada na igreja. Nossos filhos são muito amigos e, freqüentemente, estamos juntos.
No 4º ano, como de praxe, fomos. Estávamos felizes com a possibilidade de descansarmos um pouco, visto que, o ano fora muito desgastante.
Pedi a minhas companheiras de Grupo de Mães em Contato que, durante a semana, orassem por meus filhos nessa viagem e, também, pela estadia na casa de praia. Mesmo indo todos os anos, sempre ficava preocupada com a piscina, com o mar, etc....
Minha filha mais velha relutou muito para ir, mas, no fim, acabou cedendo. Saímos na sexta-feira, sabendo que ficaríamos uma semana. Desde que chegamos, senti minha filha muito grudada conosco, arredia, fechada, mas...
Ela sempre entrava no mar com os irmãos. Quando íamos para piscina ficava perto de mim.
Sabe, irmã Jane Esther, minha filha é uma menina muito bonita. Chama muito a atenção. Temos muito amor por ela, pois além de ser muito meiga, delicada, estudiosa, centrada, é temente a Deus e comprometida com a obra do Senhor. Os dias passaram rápidos e muito gostosos.
No sábado, pela manhã, bem cedo, fui ao banheiro e a porta estava trancada. A luz estava acessa. Esperei um pouco e voltei para o quatro. Passada uma meia hora, voltei e novamente a porta estava trancada e a luz acessa. Perguntei baixinho se tinha alguém passando mal e, ouvi a voz de minha filha. Ela estava chorando... Pedi que abrisse a porta e depois de muito relutar, ela abriu.... Estava trêmula e pálida... Eu a levei para o quarto... Foi então que me deparei com uma situação extremamente revoltante. Minha filha me fez prometer que o que ela iria me falar, eu não poderia dizer para meu esposo, até voltar para casa. Eu prometi!
Foi então que ela começou a relatar algo que eu não queria saber, nem ouvir...Ela me disse que a pessoa que nos fez o convite para irmos a casa de praia, vinha cercando ela na igreja algumas vezes e jogando indiretas, mas como ela não queria causar problemas e sabia da amizade do pai com ele, preferiu ficar calada.Por isso que ela relutou em vir para passar a semana.
Mas que, na noite anterior, o homem entrou no quarto dela, onde dormia as meninas, colocou a mão em sua boca para ela não gritar e tentou ... mas, ela deu uma joelhada, deu vários pontapés nele e saiu correndo para o banheiro onde permaneceu até de manhã. Ela disse que ele nunca tinha feito aquilo antes. Ela estava apavorada...
Naquele mesmo dia, conversei com meu esposo, sobre a possibilidade de voltarmos após o almoço. Ele não criou obstáculos e voltamos.
Naquela mesma semana conversei com meu esposo sobre o que tinha acontecido. Ele ficou tremendamente abatido e triste, por desconhecer o caráter de alguém que convivia com ele há tanto tempo.
Resolvermos ir ao Pastor para nos aconselhar e pedir orientação sobre como agir. Ele disse que não compartilhássemos isso com ninguém. Era para orarmos e entregarmos tudo nas mãos de Deus.
Durante todas as reuniões semanais de nosso Grupo de Mães em Contato, eu sempre colocava, em silêncio, minha filha no altar para que Deus resolvesse aquela situação da melhor maneira possível para que não houvesse um escândalo, pois seria terrível para todos e para o evangelho.
A família dele não sabe de nada até hoje, nem nossos filhos. Depois de vinte sete dias, Ele sofreu um acidente de carro e veio a falecer. A igreja sofreu muito, afinal é compreensível, pois não sabia de nada. Esse assunto foi enterrado com ele.
Minha filha está bem. O trauma passou. Ela continua integrada na igreja.
Prezada irmã Jane Esther, o motivo desse testemunho é para alertar nossas irmãs para que tenham cuidado com seus filhos. O inimigo pode estar dormindo dentro da nossa casa.”
Mãe em Contato – Curitiba, PR
(Este testemunho foi publicado com autorização expressa da Mãe em Contato – Curitiba, PR. Os nomes são omitidos para preservar o sigilo dos filhos.