Ministério Mães Unidas em Oração Internacional - Brasil

Ministério Mães Unidas em Oração Internacional - Brasil
O Ministério Moms In Prayer International, anteriormente conhecido como Moms In Touch / Mães em Contato, chama-se, atualmente, Mães Unidas em Oração Internacional - Brasil. Começou em 1984, em Bristish Columbia, Canadá com Fern Nichols. Atualmente o Ministério está em mais 150 países. É um ministério de oração em favor dos nossos filhos (biológicos, adotivos e espirituais), os colegas deles, suas escolas, professores e diretores para que sejam guiados por altos valores bíblicos e morais e, assim, cobrir todas as escolas do mundo com uma rede de proteção espiritual através da oração. A base do Ministério são as escolas de nossos filhos. (Educação Infantil até a Universidade)

terça-feira, 2 de junho de 2020

SOBRE O RECONHECIMENTO INFANTIL DA AUTORIDADE DOS ADULTOS



Sobre o tema autoridade muitas são as definições, contudo, há um ponto de convergência acerca de seu sentido, relaciona-se ao ato de ordenar, de decidir, de atuar, de se fazer obedecer, ou ainda se referir a entidade que detém esse direito ou poder. 

Mas, quando o assunto é desenvolvimento infantil, e principalmente, quando o aspecto desse processo é a formação subjetiva referente à educação; de quem ou a quem compete a autoridade sobre a criança, aos pais ou professores? 

Bom, é sobre esta reflexão e com o objetivo de problematizar, e não necessariamente trazer respostas, mas apenas trazer mais um ponto de vista do que trata esse texto. 

Algumas vertentes filosóficas defendem que ao nascer, o ser humano seria como uma espécie de tábula rasa, ou seja, que sua mente não contém nenhuma subscrição referente a sua personalidade, emoções, temperamento, etc., mas que toda essa parte de seu organismo será construída paulatinamente. Outra visão, a psicanalítica, na pessoa de seu fundador Freud, declara que a mente humana, especialmente a personalidade é formada por elementos genéticos/ hereditários e fatores socioambientais, assim, o indivíduo ao nascer já conta com algum conteúdo subjetivo e certa predisposição mental, por exemplo, em relação ao temperamento. No cotidiano, pode-se perceber isso nas questões de semelhança de comportamento entre pais e filhos, mesmo quando esses ainda são bebês. 

Sobre a relação entre pais e filhos, pode-se dizer que, dois seriam os principais aspectos: afeto e autoridade; o primeiro mais relacionado à mãe, enquanto o segundo ao pai, ou às pessoas que estejam exercendo tais funções. 

Vale destacar que, a figura do pai está diretamente relacionada a implementação da marca psíquica da autoridade, “do limite”. Como exemplo, pode-se lembrar da fala materna comum acerca do mal comportamento do filho: vou falar para o seu pai, Olha o seu pai! Vou contar tudo para seu pai... 

Bom, o que parece trivial e simples, é na verdade a contribuição/ permissão da mãe, que o filho “interiorize” a representação da norma, e isso é o que vai possibilitar, por exemplo, que ele desenvolva uma habilidade chamada “tolerância à frustração “ou capacidade de suportar o “não”, e assim viver de forma funcional com as regras, “habilidade essencial ao convívio escolar da criança e vida social como um todo”. 

Por falar em normas, lembrei do ditado popular que diz: o meu direito termina onde começa o do outro! Sobre a escola, esse é o primeiro espaço social de aquisição de conhecimentos e aprendizados. Ambiente também marcado por várias “figuras de autoridade”, a principal delas o professor, “adulto responsável pela condução dos processos educativos da criança”, função que exige o exercício recorrente de autoridade, afinal de contas, brincar é prazeroso sim, mas estudar, fazer tarefas, ficar sentado durante horas e horas não! 

Mas estudar é necessário, e para que tudo corra bem, a criança precisa entender que, assim como em casa seus pais estão no comando como autoridade sobre elas, na escola também ocorre o mesmo, porém o que muda, é que no primeiro ambiente são os pais, já no segundo: os professores 

Com a implantação do “não “primeiramente em casa, a criança está pronta para a rotina escolar, assim, quando seu professor já em sala lhe apresentar ao proibição, o aluno aceita ”numa boa” que, não pode levantar e ir para o pátio antes da campainha tocar ,que não pode comer fora do intervalo, que não pode passear durante a aula e o melhor e mais importante de tudo: aceita e reconhece no professor “uma autoridade “, e seus pais não comprometem, anulam ou conflitam com este, pois os pais reconhecem que o professor “é o mestre”, e com isso naturalmente ensinam mais uma ótima lição a seus filhos: respeite o professor: ele é uma autoridade. 

E sobre o conflito? Não tem, pois ele reside no “não repasse” da lição dos pais a seus filhos de que, assim como eles, seus professores também são autoridade, claro que “sem abusos”, pois o excesso de qualquer das partes, ou mesmo a competição sobre quem é mais alto ou mais poderoso sobre a criança, seria um problema. 

Diante do exposto, conclui-se que, a autoridade do adulto sobre a criança constitui-se como importante elemento de seu desenvolvimento mental saudável, ela inicia-se em casa com seus pais, e tem no pai sua principal figura, reconhecendo que o professor também é uma autoridade, e que tal atributo é legitimado pelo aluno, quando esta lição já começou primeiro em casa. 

Andréia Leite 
Psicóloga & Coach Infantil/Familiar 
Membro Profissional do CPPC- Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos


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