O som de risadas e vozes toma o ambiente. Enquanto adultos conversam, as crianças olham a tela do celular. Algumas recebem comida na boca de mães zelosas sem sequer prestar atenção ao que ingerem, como pequenos robôs.
Se as novas tecnologias trouxeram algum alento para pais e cuidadores e ampliou o acesso à informação, é fato que também mudaram a rotina de muitas famílias. Muitas vezes, para pior. Crianças que antes corriam pela casa, bagunçavam o quarto, pintavam as paredes, provocavam os irmãos e enchiam os pais de perguntas agora passam horas sentadas, quietas, voltadas para telas luminosas.
Como essas tecnologias são novas, ainda não existem pesquisas de longo prazo que meçam o impacto do uso de aparelhos digitais em crianças, mas estudos já indicam que o uso excessivo desses dispositivos têm causado prejuízos no desenvolvimento cognitivo e social e até no peso de crianças e adolescentes.
Surgidos nos anos 1990 e popularizados na primeira década de 2000, os smartphones já fazem parte da rotina dos brasileiros. Um estudo apresentado no início de 2018 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) estimava que até maio daquele ano haveria 174 milhões de computadores, entre computadores de mesa, notebooks e tablets, no país.
Atualmente, é difícil encontrar uma criança que nunca tenha tido contato com um celular. Mesmo não possuindo um aparelho, elas utilizam os smartphones de pais e familiares para ver vídeos e jogar, mas é preciso controlar o uso, para que ele não se torne um substituto de outras brincadeiras e atividades.
Do ponto de vista de comportamento social, seu uso e implicações ainda provocam discussões entre os adultos. Dessa forma, ao se tratar de celular na adolescência e na infância, a situação fica ainda mais delicada.
É fato que celulares e tablets têm diversos benefícios, como tornar a comunicação mais rápida, automatizar tarefas e até auxiliar no aprendizado. No entanto, jovens e adolescentes são imaturos física e emocionalmente para gerenciar o tamanho dessa liberdade. Por isso, é preciso avaliar vários fatores antes de comprar o primeiro aparelho para seu filho.
Há pensadores e estudiosos que defendem que celulares são objetos para serem usados após os 18 anos de idade, esse é o caso do filósofo espanhol Enric Puig Punyet. Mas, sem tantos extremismos, o celular pode ser inserido na vida das crianças aos poucos, sempre sob o monitoramento dos pais. Veja:
Antes dos 7 anos
Antes dessa idade, a criança não deve possuir um aparelho próprio. Os momentos de uso do celular devem ser monitorados pelos pais, que precisam sempre dialogar com a criança explicando limitações e regras para a utilização. É preciso, ainda, estabelecer relações e compreender como o uso dessa tecnologia impacta a vivência dos filhos. Se, com essa idade, você não julga seu filho apto a sair de casa sozinho, certamente, ele não estará apto) a usar esse tipo de tecnologia.
Depois dos 7 anos
Depois dos 7 anos, as crianças podem intensificar o uso na rotina, mas especialistas em educação indicam que 12 anos é a melhor idade para um jovem ganhar seu primeiro aparelho. Nessa fase, já é possível que as pessoas um celular na adolescência, como o próprio smartphone, com conexão à internet e autonomia de uso, pois ele já começa a ter maturidade para lidar com situações e problemas que possam surgir.
Portanto, o problema não é a tecnologia em si, ela não pode ser caracterizada como boa ou má. A dificuldade é que a internet pode tornar-se um ambiente ruim, a partir de conexões com outras pessoas desconhecidas. Por isso, moderação, equilíbrio e monitoramento são fundamentais. Ou seja, não há uma idade predefinida e fixa, é preciso conversar com a criança e entender sua maturidade.
Como monitorar o uso do celular?
Após presentear o filho com um celular, por mais que ele tenha maturidade e seja confiável, é imprescindível estar atento ao uso e tipos de conversas. As escolas não costumam permitir o uso dos aparelhos dentro da sala de aula. Por isso, avalie se é mesmo necessário que a criança leve o celular para o colégio. Caso seja, oriente-a para que só faça e atenda chamadas no intervalo ou no horário da saída.
Veja outras orientações para o monitoramento:
Diálogo permanente
Há diversos perigos que cercam a internet. Diariamente, ficamos sabendo sobre um novo golpe, correntes ou abusos. diversos aplicativos malignos. Por isso, a melhor forma de proteger seu filho é sendo sincera e explicando os possíveis perigos e como evitá-los. Dessa forma, seu filho não terá medo, mas sim capacidade de discernimento do que é certo ou não.
Monitoramento constante
Crianças e adolescentes podem ser rebeldes e contrários ao monitoramento de aplicativos e conversas. Porém, ele deve existir sobre o tipo de pessoas com que as crianças conversam, por quanto tempo elas usam o aparelho e se ele está atrapalhando na rotina de estudo.
Um bom aplicativo para isso é o Google Family Link, que permite que os pais controlem e monitorem o uso do aparelho remotamente. Uma das funções é o limite de tempo de uso e o bloqueio do aparelho durante a noite.
Estabelecimento de limites
As crianças e adolescentes precisam de um limite diário para o uso de aparelhos eletroeletrônicos. Eles podem utilizá-los para ir e voltar da escola, caso precisem se comunicar com os pais, e depois de finalizar todas as obrigações diárias, como deveres e tarefas dentro de casa. Primeiro, a responsabilidade; depois, a diversão!
Preste atenção: você é a autoridade e, não seu filho. Comece a observar o comportamento dele e o que ele esta usando. Se você tem dificuldades com a tecnologia, procure alguém que conheça para ajudar...
Criação de outros meios de comunicação
Além de estabelecer limites diários, os adolescentes não podem ter a sensação de que o celular é o único meio de comunicação existente, seja para comunicar-se com a família, seja para comunicar-se com os amigos. Por isso, os pais precisam criar atividades e passeios que fomentem a comunicação e integração com amigos e familiares.
Utilização de pacotes pré-pagos
Além de estipular horas de uso, as crianças também precisam compreender como controlar gastos e lidar com o dinheiro. Assim, utilizar um pacote pré-pago é uma boa alternativa para elas compreenderem como funcionam os gastos. Elas podem comprar pacotes de internet e funcionalidades em aplicativos, porém o dinheiro deve ser retirado da mesada. Caso os créditos acabem, o adolescente terá que esperar o próximo mês para recarregar o celular.
Em nenhuma hipótese, dê dinheiro para ele colocar recargas.
Por fim, não podemos deixar de dizer que o exemplo é a melhor forma de educar crianças e adolescentes. Não há como convencê-los de que o uso exacerbado é prejudicial se os pais utilizam o celular o dia todo.
Por fim, não podemos deixar de dizer que o exemplo é a melhor forma de educar crianças e adolescentes. Não há como convencê-los de que o uso exacerbado é prejudicial se os pais utilizam o celular o dia todo.
Quais os efeitos negativos da utilização intensa do celular?
O uso excessivo do celular na adolescência pode gerar consequências negativas emocionais e físicas. Adolescentes menores de 13 anos têm maior suscetibilidade a desenvolver dependência do celular, devido à imaturidade emocional. Muitos entram em pânico... Além disso, o aumento de quadros depressivos, ansiedade, isolamento social e impulsividade é mais comum nessa fase. Assim, a utilização desenfreada dos smartphones pode prejudicar a concentração na escola e, consequentemente, as notas e resultados.
No caso das consequências físicas, os problemas ortopédicos e de tendinite estão diretamente relacionados com a má postura dos usuários. Por passarem muito tempo com o pescoço virado para baixo e para frente, dores de cabeça, nos braços e no pescoço podem ser mais comuns. Outro problema recorrente é o estresse, insônia e fadiga.
Por todos esses fatores apresentados, vale refletir como deve ser o uso do celular na adolescência. É necessário que a utilização seja monitorada e moderada no início da vida. Também é preciso que existam práticas de atividades físicas e lúdicas para aumentar o relacionamento com amigos e familiares.
Enfim, estamos em uma nova época, com novos desafios, mas sabemos que os filhos são herança do Senhor para cuidarmos... Não podemos, em hipótese alguma abrir qualquer brecha!
(Matéria editada pode Jane Esther)
Mães Unidas em Oração, filhos protegidos.
Todo Filho precisa de Uma Mãe Que Ora!
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(Editora do Blog: Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa)
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