Criar filhos é um desafio constante para os pais,
independentemente dos tempos.
Muitos pais ficam sem saber o que fazer diante das vontades
dos filhos. Constantemente surgem os dilemas se os pais devem ou não deixar os
filhos fazer algo, que, na concepção dos pais não deve ser feito.
Robert Cialdini, em seu livro As armas da persuasão cita uma
pesquisa muito interessante de Jonathan Freedman que pode nos ajudar nesta
questão.
Freedman pesquisou comportamentos de meninos de 7 a 9 anos.
A pesquisa consistiu em colocar as crianças numa sala, com vários brinquedos,
mas proibiu, com algumas ameaças, os meninos de brincarem com certo de tipo de
robô. Após a ordem dada, as crianças foram deixadas livres.
77% das crianças optaram por brincar com o robô que havia
sido proibido.
Num outro experimento, meninos foram colocados na mesma sala,
mas apenas foram alertados, mas sem tanta veemência, para não brincarem com
aquele tipo de robô. E as razões foram explicitadas. Apenas 1 dos 22 meninos
tocou no robô.
Seis semanas depois, os mesmos meninos foram deixados na
mesma sala e o fato interessante é que aqueles meninos que não foram ameaçados
em tocar no robô, não demonstraram interesse pelo brinquedo, enquanto os
meninos que tinham sido ameaçados, com palavras proibitivas, 33% escolheram
justamente o robô.
Este estudo mostra que na tarefa de educar uma criança,
dialogar, e não proibir simplesmente é o melhor caminho.
Crianças precisam aprender que certas coisas não são
permitidas, não porque simplesmente os pais as proíbem.
Muitas crianças obedecem a seus pais, não porque o valor da
obediência esteja inculcado no seu coração, mas porque sofrem ameaças. Quando
os pais se afastam, e o estudo de Freedman apontou para isso, a tendência é que
vão fazer exatamente aquelas coisas que proibidas de fazerem, sob ameaças
muitas vezes.
Cialdini coloca, por exemplo, a questão da mentira. Crianças
devem ser educadas que mentir é errado, não porque, se forem surpreendidas
mentindo terão sua língua cortada.
O melhor caminho é mostrar para elas que mentir é
simplesmente errado. Se isso não for o suficiente, dizer que mentir não é um
ato esperado e do agrado dos pais. Ou mostrar para as crianças que mentir
deixará os pais desapontados.
Cialdini lembra que o mais importante é fazer com as
crianças não sejam obedientes pontuais ou apenas para não contrariar os seus
pais, mas fazer com que as mesmas cultivem um compromisso a longo prazo com a
verdade.
Este estudo nos lembra que simplesmente proibir por proibir
não é o melhor caminho. Os resultados do proibir por proibir são imediatos e
efêmeros. Não são consistentes.
De forma oposta, dialogar e explicar as razões de um
comportamento errado, pode proporcionar aos filhos comportamentos corretos a
longo prazo, mesmo que os pais não estejam presentes.
É difícil colocar em prática tal princípio? Sim, é.
Mas, com o canal do diálogo aberto no relacionamento pais e
filhos e acima de tudo, confiando em Deus e com muita oração, os pais que
adotarem esta prática colherão melhores frutos no futuro em relação ao
comportamento de seus filhos.
(Pr. Gilson Bifano)
IMPORTANTE: Faça sua inscrição online para receber todas as informações necessárias, através do link:
https://www.maesunidasemoracao.org/Grupos#FacasuaInscricaoeInicieumGrupo
Não deixe nenhum espaço em branco. Caso não tenha como preencher um espaço, coloque ”xxxx”.
Ótimo...muita verdade...diálogo muda tudo 🤩
ResponderExcluir