Conviver com o outro, especialmente no casamento, com suas diferenças, gostos, costumes e esquisitices é um exercício para se desenvolver a sabedoria.
E o que dizer conviver com os adolescentes dos dias de hoje?
Por isso, pensei escrever sobre essas quatro palavrinhas
aplicadas à família em geral. Seja na relação noras e sogras, pais e filhos,
marido e esposa.
Existem horas, em família, notadamente que na relação com os
filhos os pais devem ser rígidos.
São aqueles limites que precisam ser colocados, mesmo a
contragosto deles, ainda mais se os filhos são adolescentes.
É a rigidez saudável, que protege e educa.
É a mesma rigidez que a mãe de Al Pacino, o ator americano,
disse sobre sua mãe.
Todas as noites, disse ele numa entrevista, que pedia sua
mãe para deixá-lo jogar basquete na praça do bairro em que moravam. Mas ela
sempre dizia “não”, com firmeza, por saber que aqueles meninos não apenas
jogavam basquete.
Ele conclui a entrevista dizendo: “Eu agradeço a rigidez de
minha mãe que me contrariava todas as noites porque a maioria daqueles meninos
hoje estão presos ou são dependentes de drogas”.
A flexibilidade entra quando analisamos uma situação e damos
sinal verde, mas com certas recomendações.
Lembro-me de minha Susanne em sua adolescência. Depois de
voltar de uma viagem à África ministrando a famílias a encontramos com o cabelo
totalmente pintado de vermelho. Rimos da situação e deixamos por sabíamos que
era uma fase.
Pontes não podem ser construídas de forma estáticas. Elas
precisam ter uma certa flexibilidade para durar muito tempo.
A mesma coisa na família. A flexibilidade é importante para
manter o canal de comunicação aberto e permanente.
Outra palavrinha que precisamos pensar é “negociação”.
Certa vez conversei com um marido totalmente desanimado com
o casamento. Ambos, marido e esposa, ganhavam muito bem. Ele gostava de passar
as férias principalmente no campo, num hotel fazenda, por exemplo. A esposa era
totalmente urbana. Odiava cheiro de estrume de animais.
Várias vezes ele sugeria passar um período das férias no
ambiente rural, mas ela nunca abria mão de sua preferência pelas cidades.
Resultado? Ele sempre se sentia frustrado com as férias e
voltava para o trabalho não totalmente satisfeito.
Negociar é a saída para os conflitos no casamento e na
família.
Por que não a metade das férias na cidade e a outra no
campo? Por que não um ano na cidade e outro num hotel fazenda? Por que não
aprender (ele) a gostar das férias na cidade e ela a aprender a apreciar a
natureza mais de perto?
A truculência é vista muitas vezes na família também, mas
não é saudável. Por mais que você esteja certo, ser truculento com os filhos
adolescentes não será um bom caminho de convivência e resolução de conflitos. A
truculência, além de não ser recomendada é sinal de fraqueza. O antídoto para a
truculência é o diálogo amigável e muita, mas muita oração.
Mães Unidas em Oração, filhos protegidos.
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(Coeditora do Blog: Sirlei Campos)
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