Ministério Mães Unidas em Oração Internacional - Brasil

Ministério Mães Unidas em Oração Internacional - Brasil
O Ministério Moms In Prayer International, anteriormente conhecido como Moms In Touch / Mães em Contato, chama-se, atualmente, Mães Unidas em Oração Internacional - Brasil. Começou em 1984, em Bristish Columbia, Canadá com Fern Nichols. Atualmente o Ministério está em mais 150 países. É um ministério de oração em favor dos nossos filhos (biológicos, adotivos e espirituais), os colegas deles, suas escolas, professores e diretores para que sejam guiados por altos valores bíblicos e morais e, assim, cobrir todas as escolas do mundo com uma rede de proteção espiritual através da oração. A base do Ministério são as escolas de nossos filhos. (Educação Infantil até a Universidade)

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

CALENDÁRIO NACIONAL DE ORAÇÃO - BRASIL - MÊS DE SETEMBRO DE 2022

É maravilhoso fazer parte do Ministério Moms In Prayer International / Mães Unidas em Oração Internacional e conhecer o extraordinário Programa de Oração Mundial em PGOs - Pequenos Grupos de Oração, que Deus deu a uma mãe: Fern Nichols, em 1984, no Canadá, e que já está em mais de 160 países...

No inicio o nome era Moms In Touch / Mães em Contato, e, em 2012 foi mudado. A Visão, Missão e Propósitos continuam os mesmos: Orar pelos filhos e escolas. 


Mães Unidas em Oração Internacional impacta filhos e escolas em todo o mundo para Cristo através das orações das mães. Um Ministério que durante anos tem sido referência na vida de milhões de mães ao redor do mundo!

Louvamos a Deus por mais um mês de oração pela vida de nossos filhos e escolas...

Agradecemos a vocês Mães Unidas em Oração que enviam seus pedidos e, através deles podemos elaborar o Calendário Nacional de Oração que tem norteado cada mãe no seu momento "A Sós com Deus"!

No Momento "A SÓS COM DEUS", a Mãe Unida em Oração escolhe a hora mais apropriada, diariamente, e ora de 3 a 7 minutos por um dos filhos (biológico/coração ou espiritual), pela escola e pelo pedido do dia que está no Calendário Nacional de Oração, enviado para todas as Mães que pertencem ao Ministério, em PDF. O Calendário não substitui o encontro semanal de 1 hora dos PGOs - Grupos de Mães Unidas em Oração.

Se a mãe pertence ao Ministério Internacional e não recebeu o seu Calendário Nacional de Oração é só nos enviar um e-mail: contato@maesunidasemoracao.org ou entrar em contato pelo nosso whatsApp.

Mãe Unida em Oração Internacional é apenas instrumento nas mãos de Deus. Quem é digno de toda honra e de toda Glória é o Senhor Jesus Cristo! É Ele quem guerreia "com" e "através" de nós! (Efésios 6: 10-20).

Somos apenas servas!

Lembre-se que Mães Unidas em Oração Internacional é um Ministério de mãe com mãe.

Mães Unidas em Oração, filhos protegidos.
Todo filho precisa de uma mãe que ora.
Você já orou pelo seu filho hoje?

www.momsinprayer.org
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(Editora do Blog: Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa)

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sábado, 27 de agosto de 2022

A VERACIDADE E A FIDELIDADE DE DEUS

 

Por que um atributo intelectual e não moral? Porque a fidelidade está sempre relacionada com a verdade (Esses dois atributos são inseparáveis). A pequena diferença é que a veracidade é a declaração das coisas como elas são, e a fidelidade é o cumprimento exato de suas promessas e juízos. Como inseparáveis, observamos que não pode haver a noção de fidelidade sem que esteja ligada à verdade (Sl ). As palavras de Deus "são fiéis e verdadeiras" (Ap 22.6). Quando a Bíblia diz que Deus é "fiel", ela está afirmando que ele é verdadeiro em todas as suas afirmações.

 Em contrapartida está o ser humano que mente e não é verdadeiro em tudo o que fala. Por isso é que Paulo, falando da fidelidade de Deus, diz: "seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso" (Rm 3.3, 4). Tudo o que há em Deus corresponde à realidade; tudo o que ele fala reflete a realidade (Sl 36.5: 89.8; Is 11.5; 2Tm 2.13). A veracidade de Deus significa que ele é o Deus verdadeiro, e que todo o seu conhecimento e palavras são, ambos, padrões de fé verdadeiros e padrões de fé finais. Aquilo que Deus expressa externamente corresponde àquilo que ele é internamente. Todas as suas afirmações estão de pleno acordo com o seu ser. A verdade de Deus, registrada nas Escrituras Sagradas, está muito acima da nossa compreensão finita. Por isso precisamos de sua graça para poder entender algo dela. Tudo o que concerne a Deus é vasto, grande, incomparável e além do nosso entendimento! Contudo, ele é fiel conosco e nunca se esquece ou falta com sua Palavra, sendo, inclusive, fiel em iluminar o seu povo ao ler as Escrituras. 

A. CARACTERÍSTICAS DA VERACIDADE DE DEUS 

1. A VERACIDADE É ESSENCIAL EM DEUS 

O homem mente porque a veracidade não é essencial nele. Ele pode continuar sendo ser humano, a despeito de não ser verdadeiro. Mas "Deus não é homem para mentir, nem filho de homem para que se arrependa. Porventura. tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" (Nm 23.19). Deus não pode continuar sendo Deus se não for fiel nas suas promessas, porque a veracidade é sua essência. Perceba que o homem pode ter fidelidade, porque essa fidelidade é derivada, mas Deus é fiel (Hb 10.23). O homem pode falar a verdade, mas Deus é a verdade. Ele não pode ser diferente. Se ele fizer alguma coisa que não corresponda à verdade, ele se nega a si mesmo, deixando de ser quem Ele é. 

2. A VERACIDADE DE DEUS É GRANDE

 Nenhum de nós pode imaginar quão grande é a veracidade de Deus porque não estamos muito acostumados com a verdade. Por causa da nossa humanidade caída estamos inclinados a mentir constantemente. Além da mentira não cumprimos os nossos tratos, falhamos em nossas promessas e frequentemente não cumprimos as nossas ameaças. Esse é o ambiente no qual vivemos, e a veracidade não é parte essencial nem constante na nossa vida. Mas Deus é grande na sua veracidade. Lamentações 3:22-23 As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. O salmista, ao falar da grandeza da fidelidade do Senhor, usa uma expressão por certo comum também nos seus dias para expressar algo imensurável: Salmos 36:5 A tua benignidade, SENHOR, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade. 3. A VERACIDADE DE DEUS É ETERNA A verdade de Deus está firmada e confirmada para sempre nos céus (Sl 89.2). Por isso, ela permanece válida indefinidamente. I Pedro 1:23-25 pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; secase a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. 

Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada. A verdade de Deus não é mutável nem determinada pelo contexto histórico. Ela não é uma verdade apenas para uma geração, mas para todas as gerações (SI ). O que foi verdade ontem, permanece verdade para sempre. Mateus 24:35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Como a verdade de Deus é eterna, também é eterna a sua veracidade e fidelidade. 

B. EXEMPLOS DA VERACIDADE DE DEUS 

A veracidade de Deus com respeito às suas palavras tem várias facetas. Vamos estudar rapidamente algumas delas. O Senhor Deus prometeu cumprir cada promessa, cada pacto estabelecido e cada ameaça feita porque a fidelidade é essencial em Deus. 

1. DEUS É FIEL NOS SEUS PACTOS

 Deus é o estabelecedor dos pactos com o seu povo. Nos seus pactos há promessas para o bem-estar do seu povo. Essas promessas pactuais são fiéis e verdadeiras. Dirigindo-se ao povo de Israel que peregrinava no deserto, Moisés relembrou-lhes: 

 Deuteronômio 7:9 Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos. O Salmo 89 (versos 1, 2-4, 5, 8, 24, 33, 34, 49) talvez seja o texto das Escrituras onde mais se fale sobre a fidelidade de Deus. Nele lemos da fidelidade revelada em relação à promessa pactual de redimir seu povo através de Jesus Cristo. Deus não recua nas suas promessas pactuais. Ele as cumpre cabalmente porque é da sua essência ser fiel à palavra que empenha.

2. DEUS É FIEL NAS SUAS PROMESSAS 

Veja um exemplo da veracidade de sua promessa com respeito às coisas comuns mas necessárias à vida dos seres humanos. Há milhares de anos Deus disse a Noé: Gênesis 8:22 Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite. Cada dia em que levantamos pela manhã e dormimos à noite vemos o cumprimento cabal dessa promessa. Cada estação e cada ano que passa é uma nova prova do cumprimento dessa promessa por parte de Deus.

Nunca estas coisas prometidas vieram a faltar na história do mundo. Por quê? Porque Deus não pode mentir, ele é verdadeiro. Quando se trata de promessas de caráter salvífico, aí é que a veracidade de Deus brilha mais forte. Lamentações 3:22-23 As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. 

Deus prometeu ser misericordioso e cada manhã é uma amostra da sua fidelidade, pois nos levantamos e Deus não nos consome em ira, isto é, Deus não nos pune conforme merecemos, porque Ele lançou a nossa punição sobre Jesus Cristo. Então, cada dia somos lembrados de sua grande fidelidade! Lucas, argumentando acerca da vitória de Cristo sobre a morte, registra as promessas de Deus a Davi como sendo "santas e fiéis" (At 13.34). Esses dois adjetivos das promessas vêm juntos porque eles não podem estar separados. A santidade de Deus qualifica todos os outros atributos. A sua veracidade também é santificada pelo fato de ela ser absolutamente fiel. 

3. DEUS É FIEL NAS SUAS AMEAÇAS 

Assim como as promessas, as ameaças de Deus são absolutas. Como Ele não falha em suas promessas, também não falha em suas ameaças. O que Ele pretende em suas ameaças ele cumpre. 

Algumas de suas ameaças são condicionais e ele as cumpre somente se os pecadores não se voltam de seus pecados. As ameaças de Deus almejam a correção dos seus filhos. É a fidelidade de Deus à sua Palavra que O leva a disciplinar os seus filhos. Há muitos crentes que sofrem disciplina ao violarem os princípios de Deus na ceia. 

Em razão disto Paulo explica: I Coríntios 11:30 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Deus cumpre as suas ameaças de disciplinar os seus filhos porque o Senhor "corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hb 12.6). O salmista diz que foi justamente afligido e que a disciplina de Deus é produto de sua fidelidade (SI ). Essa disciplina é perfeitamente compatível com o seu amor. É justamente por causa do seu amor ser verdadeiro que Deus cumpre as suas ameaças de séria disciplina àqueles que violam os mandamentos da sua Palavra. 

As ameaças de Deus têm a ver também com a punição dos ímpios. Os ímpios devem ter como certa a palavra de ameaça que Deus proferiu: Hebreus 3:11 Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Deus não falha no cumprimento da sua Palavra, porque sua Palavra vem acompanhada de juramento. Ele é absolutamente verdadeiro quando fala na manifestação da sua justiça. 

4. DEUS É FIEL NO SOCORRO AO SEU POVO 

Deus formou o seu povo e ensinou que é povo peregrino sobre a terra caminhando em direção à pátria celestial. Todavia, Ele não nos deixa ao sabor das tentações deste mundo. Ele acompanha tudo o que acontece com os seus. Além disso, como afirma Paulo: I coríntios 10:13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar. Deus não abandona o seu povo, deixando-o desprotegido. 

5. APLICAÇÃO

a. PODEMOS TER CONFIANÇA COMPLETA NELE

 Deus é veraz. Ele não pode enganar ninguém, não pode falhar na Sua palavra e, como consequência, ninguém pode duvidar dele. A nossa certeza em todas as condições advém da veracidade de Deus. Ninguém poderia ter certeza de qualquer assunto se não houvesse a fidelidade de Deus (Hb 6.18). Somente uma pessoa veraz pode ser tomada como fiel. 

 Poucos homens são fieis (Pv 20.6) porque eles mentem frequentemente, mas em Deus podemos confiar porque ele é sempre verdadeiro no que diz. 

b. NUNCA FICAMOS DESAPONTADOS COM DEUS 

Os seres humanos desapontam porque eles prometem algo e geralmente não cumprem. Há muitos casais separados porque um dos cônjuges não cumpriu a sua promessa pactual; há filhos desapontados com seus pais porque estes não cumprem com a palavra empenhada. Mas não podemos dizer a mesma coisa de Deus. 

O contraste entre os homens e Deus é imensurável. Paulo ensina a Timóteo: II Timóteo 2:13 Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo. Como foi dito acima, a fidelidade é essencial em Deus. Por isso ele não mente nas suas promessas nem quebra os seus pactos. Deus não desaponta a ninguém. Ele sempre responde às nossas expectativas, quanto às suas promessas, porque não é homem para mentir. Tudo o que diz Ele cumpre. 

(Pr Paulo Cesar)

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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

MÃES MÁS

                                       

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

– Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

– Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer vocês saberem que aquele novo amigo não era boa companhia.

– Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

– Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto a vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

– Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

– Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade por suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!

E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

"Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo..."

– As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.

As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas.

E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (tocava nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails).

Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violava as leis do trabalho infantil. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho, que achávamos cruéis.

Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos, tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.

Enquanto todos podiam voltar tarde à noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por qualquer crime.

Foi tudo por causa dela.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como minha mãe foi.


Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes mães más.( Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra)


Oremos para que tenhamos, força e sabedoria para sermos mães más o suficiente, para que nossos filhos sejam homens e mulheres tementes a Deus, honestos bem educados.

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(Coeditora do Blog: Cláudia Regina Farias ) 

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sábado, 20 de agosto de 2022

A JUSTIÇA DE DEUS

A justiça de Deus é o Seu atributo que significa que Ele é perfeitamente justo. Não há qualquer injustiça em Deus e em seus feitos, pois Ele é plenamente correto e íntegro. O próprio Deus é o padrão final do que é justo e certo, e Ele sempre age de acordo com esse padrão.

Justiça é aquilo que está em conformidade com o que é reto; é a qualidade do que está de acordo com o cumprimento da lei. No estudo bíblico-teológico, frequentemente o atributo da justiça de Deus é também chamado de “retidão de Deus”.

O ensino bíblico sobre a justiça divina é muito claro, assim como também o é o ensino a respeito dos demais atributos de Deus. Por toda a Bíblia há inúmeras passagens que mostram a indignação divina diante do pecado do homem e a punição da injustiça.

Os aspectos da justiça de Deus

Muitas vezes os estudiosos falam da justiça de Deus em dois aspectos diferentes, mas diretamente interligados. O primeiro é chamado de “justiça interna”, e diz respeito a quem Deus é. Em seu próprio caráter Deus é absolutamente justo, ou seja, Ele não é justo meramente porque pratica a justiça, mas Ele pratica a justiça porque em si mesmo Ele é justo. Já o segundo aspecto é chamado de “justiça externa”, e diz respeito ao que Deus faz. Por ser justo, Ele só faz o que é reto.

Então sendo inteiramente justo, Deus manifesta Sua justiça em Seu governo do mundo, impondo às suas criaturas uma exigência moral de acordo com a retidão da Sua vontade. Relacionado a isso, a teologia também fala da justiça de Deus no sentido distributivo. Deus aplica Sua lei de forma justa e imparcial, recompensando o justo e punindo o injusto.

Deus recompensa homens e anjos que andam em retidão. Esse ato de Deus recompensar os obedientes é chamado de “justiça remunerativa”. Mas considerando que ninguém, por seus próprios méritos, é capaz de ser absolutamente justo diante do padrão moral de Deus, a justiça remunerativa é também uma expressão do amor divino (cf. Lucas 17:10; 1 Coríntios 4:7). Como explica Louis Berkhof, as recompensas que Deus concede às Suas criaturas são frutos da Sua graça e resultam de uma relação pactual estabelecida por Ele (Teologia Sistemática, 1949).

Por um lado, intrinsecamente o homem não merece a recompensa que recebe de Deus, mas por outro ele é sempre merecedor do castigo que recebe. Então se a justiça remunerativa trata das recompensas para os justos, a justiça retributiva trata da punição aos injustos. Por ser justo, Deus castiga àqueles que andam na transgressão da Sua lei (Romanos 1:32; 12:19; 2 Tessalonicenses 1).

A justiça divina exige que o pecado seja punido, pois se não fosse assim, então não haveria justiça. Se a justiça remunerativa expressa o amor divino, a justiça retributiva expressa a ira divina.

A justiça de Deus na Bíblia

Logo no primeiro livro bíblico vemos a manifestação da justiça de Deus em alguns eventos emblemáticos como na maldição após a Queda (Gênesis 3); no dilúvio (Gênesis 6-9); e na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18).

Ainda no livro de Gênesis encontramos a enfática declaração de Abraão sobre a justiça de Deus. No contexto do derramamento do juízo de Deus sobre Sodoma, Abraão argumenta que jamais Deus trataria de igual forma o justo e o ímpio, pois isso resultaria numa injustiça. Então na sequência ele diz: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gênesis 18:25).

Também no Pentateuco Deus é chamado de justo repetidas vezes, enfatizando o fato de que Ele é fiel, reto e não comete erros (Êxodo 9:27; Deuteronômio 32:4). Essa verdade se estende pelos livros históricos, poéticos e proféticos do Antigo Testamento. Inclusive, no livro de Salmos o ensino bíblico explica que a justiça de Deus é manifestada em toda parte e também é a causa da preservação dos homens e dos animais (Salmo 36:6).

Através do profeta Isaías, o próprio Deus fala sobre Sua justiça: “[…] Eu sou o Senhor, que falo a justiça e anuncio coisas retas” (Isaías 45:19). Perfeito em Sua retidão, Deus não precisa dar qualquer satisfação ao homem sobre Sua justiça, e todo questionamento do homem nesse sentido é uma tentativa louca de colocar em dúvida a justiça de Deus (cf. Jó 40:8).

No Novo Testamento esse mesmo princípio é mantido, onde fica claro que Deus é o Criador e o homem é a criatura que não tem o direito de questionar os padrões divinos (Romanos 9:14-22).

Mas sem dúvida a maior conexão acerca da justiça de Deus no Antigo e no Novo Testamento encontra-se na pessoa de Cristo. No Antigo Testamento Cristo é o Renovo Justo prometido por Deus (cf. Jeremias 23; Zacarias 9:9); Ele é o Juiz anunciado que haveria de julgar não pelo que os olhos vêem, mas pela reta justiça (cf. Isaías 11:3-5).

O amor e a justiça de Deus

Algumas pessoas pensam que há uma tensão entre o amor e a justiça de Deus. Elas dizem que o atributo da justiça revela um Deus severo e irado que não combina com o atributo do amor que revela um Deus misericordioso e longânimo. Inclusive, muitas dessas pessoas acabam criando para si a imagem de um deus cuja justiça é negligenciada em favor do amor. Mas definitivamente esse não é o Deus da Bíblia.

Obviamente não há qualquer incompatibilidade entre a justiça e o amor de Deus. Em primeiro lugar, o castigo divino pelo pecado não é uma arbitrariedade por parte de Deus, mas é uma preservação de Sua justiça. Se Deus deixasse o pecado impune Ele não seria justo, e se Ele não fosse justo Ele também não seria verdadeiramente amoroso, pois que garantia haveria no amor de um ser injusto?

Em segundo lugar, Deus não é uma soma de atributos, como se fosse metade justiça e metade amor. Deus é um ser uno; Ele é totalmente amor e totalmente justiça, e seus atributos definem uns aos outros. Dessa forma, Deus é amorosamente justo e justamente amoroso.

Então a justiça de Deus é expressa em Seu amor, bem como o amor de Deus é expresso em Sua justiça. Isso fica claro quando olhamos para Cristo. O apóstolo Paulo explica Deus enviou a Cristo “como sacrifício para a propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça” (Romanos 3:25).

Cristo e a justiça divina

As pessoas frequentemente olham para Cristo e enxergam apenas o amor de Deus, quando também deveriam enxergar a Sua justiça. Em Cristo vemos que Deus é tão amoroso a ponto de entregar seu próprio Filho para morrer por pecadores; ao mesmo tempo em que vemos que Ele é tão justo a ponto de não poupar nem mesmo o seu próprio Filho que assumiu o lugar dos pecadores.

Portanto, como diz H. Bavink em sua Dogmática Reformada, a manifestação da justiça de Deus é simultaneamente a manifestação de Sua graça (cf. Salmo 116:5). Então até mesmo o perdão de pecados é devido à justiça divina (1 João 1:9). Além do mais, pelos méritos de Cristo os redimidos são justificados pela justiça de Deus e colocados numa posição de honra e bem-aventurança na família celestial.

Por tudo isso a justiça de Deus jamais deve ser um motivo de descontentamento para os crentes, mas um motivo de conforto e gratidão. Se Deus não fosse justo, não teríamos qualquer base para confiar n’Ele, e não haveria qualquer esperança de que o bem triunfará por toda a eternidade. Mas a boa notícia é que Deus é perfeitamente reto, e todos os seus caminhos são justos (Deuteronômio 32:4). Então louvemos ao Senhor todos os dias por Sua justiça perfeita; e que jamais esqueçamos que a vontade de Deus para nós é que também sejamos justos (Miqueias 6:8).

(Daniel Conegero)

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terça-feira, 16 de agosto de 2022

A SABEDORIA DE DEUS

É um prazer observar sabedoria e conhecimento num homem. Quanto mais então achar em Deus sabedoria e conhecimento insuperável e infinito. A beleza do caráter de Deus é que cada um dos Seus atributos complementa os outros atributos.
Quando consideramos estes atributos juntos – bondade de Deus, sabedoria e poder – encontramos grande conforto e encorajamento.
Se existe algo que a Bíblia nos ensina sobre Deus, é que Ele é totalmente sábio.
Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento têm. (Jó 12:13)
Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. (Isaías 40:28)
Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! (Rom 11:33)

Deus é totalmente sábio, infinitamente sábio:
Eis que Deus é mui grande, contudo a ninguém despreza; grande é em força e sabedoria. (Jó 36:5)
Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito. (Salmos 147:5)

A sabedoria de Deus é totalmente superior à sabedoria humana.
Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. (Isaías 55:8;veja também Jó 28:12-28; Jeremias 51:15-17).

Só Deus é sábio:
Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém. (Romanos 16:25-27; veja também 1 Timóteo 1:17; Judas 1:25).

Deus é a fonte de sabedoria:
Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. (Provérbios 2:6)
Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; (Daniel 2:20)
E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e não o lança em rosto, e ser-lhe-á dada. (Tiago 1:5)

O que é Sabedoria?
Deve-se somar o significado do termo “sabedoria” com as palavras “saber como”. Sabedoria está baseado no conhecimento. Frequentemente, de fato, sabedoria e conhecimento são mencionados juntos (veja Jeremias 10:12; 51:15; Lucas 1:17; Romanos 11:33; Coríntios 1:24; 2:5; Colossenses 2:3; Eclesiastes 5:12; 7:12).
Sabedoria não pode existir sem um conhecimento de todos os fatos pertinentes a algum propósito ou plano. O Deus que é totalmente sábio é também o Deus que é totalmente conhecedor.
Deus sabe todas as coisas. Os teólogos usam o termo “onisciente” quando se referem ao conhecimento infinito de Deus. Deus sabe todas as coisas sobre todas as coisas. Ele sabe o que os homens estão pensando (veja Ezequiel 11:5; Lucas 5:21-22). Ele sabe todas as coisas que vão acontecer. Ele sabe tudo que poderia acontecer debaixo de qualquer conjunto de circunstâncias (veja, por exemplo, 1 Samuel 23:10-12; 2 Reis 8:10). Deus não pode criar um plano ruim ou falhar em trazer os Seus propósitos e promessas às suas conclusões porque Ele sabe todas as coisas. Sua onisciência sustenta a Sua sabedoria.
Sabedoria não é somente conhecimento, porém “saber como”. A sabedoria de Deus Lhe possibilita “saber como” fazer qualquer coisa (veja 2 Pedro 2:9). Sabedoria implica a habilidade em formular um plano para realizá-lo na melhor e mais efetiva maneira. Bezalel foi um artesão, um homem com uma incrível “sabedoria” na arte de fazer os móveis para o Tabernáculo (veja Êxodo 31:1-5). A  Josué foi dada sabedoria para saber como liderar a nação de Israel (Deuteronômio 34:9). Salomão pediu e recebeu a sabedoria e conhecimento necessário para dirigir Israel (2 Crônicas 1:7-12).

A. W. Tozer e J.I. Packer definiram assim a sabedoria:
“Nas Sagradas Escrituras sabedoria, quando usada por Deus e homens bons, sempre leva uma forte conotação moral. É concebida como sendo pura, amorosa e boa... Sabedoria, entre outras coisas, é a habilidade de criar finais perfeitos e alcançar aqueles finais pelos meios mais perfeitos. Ela vê o final pelo começo, assim não precisa adivinhar ou conjeturar. Sabedoria vê cada coisa em foco, cada um em relação ao todo, e é então capaz de trabalhar em direção a objetivos predestinados com precisão perfeita.”
“Sabedoria é o poder para ver, e a inclinação para escolher, o melhor e mais alto objetivo, junto com a forma mais certa para alcançá-lo. Sabedoria é, de fato, a prática ao lado da bondade moral. Como tal, é achada em sua inteireza somente em Deus. Ele sozinho é naturalmente e inteiramente e invariavelmente sábio.”

A Sabedoria de Deus na Bíblia
Quando chega à sabedoria de Deus, uma figura vale mais do que mil palavras. Quando vemos algumas passagens das Escrituras que falam da sabedoria de Deus, iremos tentar aguçar a definição da sabedoria de Deus e mostrar sua relevância para nossas vidas diárias.


A Sabedoria de Deus em Cristo e Sua Igreja: Efésios 1 e 3
Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; (Efésios 1:7-10)

A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória. (Efésios 3:8-13)

A Sabedoria de Deus Revelada Através de Israel: Romanos 9-11
Deus prometeu a Abraão que nele, na sua semente, todas as nações da terra seriam abençoadas (Gênesis 12-1-3). Parece que isto aconteceria através da nação inteira, porém a história deixa claro que a nação não se submeteu a Deus e resistiria e se rebelaria persistentemente contra Deus. Não foi através da semente (plural) de Abraão que Deus trouxe a benção para o mundo, porém através da semente (singular) de Abraão – Jesus Cristo.
Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo. (Gálatas 3:16)
E os “filhos de Abraão” não são a semente física de Abraão (veja Romanos 9:6-13), porém a semente espiritual de Abraão:
Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa. (Gálatas 3:26-29; veja também Romanos 4).
Não foi através da obediência da nação de Israel que os gentios vieram a receber as bênçãos da semente de Abraão; foi através da sua desobediência:
Porque assim como vós também antigamente fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles, assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada. Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia. (Romanos 11:30-32)

Olhando para trás na salvação que Deus trouxe em Cristo, apesar da desobediência e mesmo por causa da desobediência de Israel, Paulo pôde somente permanecer em veneração à sabedoria de Deus em planejar e executá-la.
Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! 34 - Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? 35 - Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? 36 - Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Romanos 11:33-36)
A sabedoria de Deus excede a sabedoria do homem e até a imaginação do homem. Deus realiza o que Ele prometeu em formas que nunca poderíamos imaginar ou mesmo acreditar se nos fosse dito antecipadamente. A sabedoria de Deus é vista em Seu relacionamento com a nação de Israel.

Sabedoria de Deus Revelada em Cristo para a Igreja: Efésios 1
Paulo indica em Efésios 1 o eterno propósito de Deus de somar (resumir) todas as coisas em Cristo. No Velho Testamento, a vinda de Jesus Cristo como o Messias prometido foi progressivamente revelado em grande detalhe.
Isto começou com a promessa de salvação do pecado e a derrota de Satanás pela semente de Eva em Gênesis 3:15. Foi mais totalmente revelado no pacto Abrâmico (Gênesis 12:1-3) e Davídico (2 Samuel 7:14). Nos Salmos (por exemplo Salmos 22) e através dos profetas (por exemplo Isaías 52:13-53:12), mais e mais foi dito sobre o Messias até Miquéias

Deus prometeu trazer salvação e abençoar não somente os Judeus, mas também os gentios. Ele prometeu um Messias que seria um homem, a semente de Eva e de Abraão e de Davi, porém também Aquele que era o divino Filho de Deus. Ele predisse a vinda de Cristo na qual Ele seria rejeitado e sofreria pelos pecados dos homens (Salmos 22; Isaías 52:13 - 53:12) e de uma vinda triunfal do Messias para por abaixo Seus inimigos (Salmos 2:7-9;110).

Estas promessas aparentemente contraditórias fizeram todo o assunto dos propósitos de Deus um mistério (veja, por exemplo, 1 Pedro 1:10-13). Porém com a primeira vinda de Cristo o mistério foi resolvido. E agora, como Paulo indica em Efésios 1, a questão veio à luz em Cristo. Tudo dos propósitos e das promessas de Deus culminaram em Cristo. E agora, ao invés de se admirar no mistério do passado, somos conquistados com a admiração na sabedoria de Deus que cumpriu tudo isto.

A Sabedoria de Deus está Sendo Revelada Através da Igreja: Efésios 3
O propósito eterno de Deus é revelar Sua sabedoria para os seres celestiais assim como para a Sua igreja. Deus ainda está cumprindo o Seu propósito, o qual culminará com a segunda vinda de Seu Filho e o estabelecimento do Seu reino na terra. Quando este propósito e programa completar, o total objetivo da sabedoria de Deus terá sido revelado, e esta sabedoria será revelada de tal forma que proverá o combustível para o louvor a Deus por toda a eternidade.

É de se admirar a base para cada criatura eterna (terrena ou celestial) louvar valha a pena ser estabelecida em milhares de anos? Não é de admirar que Deus esteja tomando o Seu tempo em revelar e completar Seu maravilhoso plano decretado no passado eterno, em cujo cumprimento revela Sua infinita sabedoria.
Ao pensar neste texto em Efésios 3, subitamente me ocorreu que Deus é como um impressionante escritor, produtor e diretor, embora eu não pressionaria a analogia tão longe. Na eternidade passada, o roteiro da história foi escrita, e não há nenhum revisor.

O propósito deste drama lento é a demonstração da glória de Deus. Em Efésios 3, Paulo fala do propósito de Deus como Deus trabalhando no presente para mostrar Sua sabedoria através da igreja. Quando este ato ou capítulo for consumado, toda a criação inclusive as criaturas celestiais, terão toda a eternidade para se maravilhar com a Sua sabedoria e para louvá-Lo e glorificá-Lo.

Algumas vezes nos admiramos porque Deus leva tanto tempo para cumprir Suas promessas e responder nossas orações? É porque Seu drama é imensamente maior do que nós somos, e Ele escolheu levar milhares de anos para apresentá-lo para a audiência cósmica. Nos admiramos porque não podemos entender no momento exatamente o que Deus está fazendo, como Ele está usando as circunstâncias mais incomuns (inclusive o pecado e rebelião do homem, doença, morte, pesar) para alcançar Seus propósitos?

Deus deixa estes assuntos em mistério porque Ele está criando e sustentando o interesse da Sua audiência. Ele, o grande autor, produtor e diretor está criando o suspense apropriado para a grande conclusão do ato final. Ele ousa não nos informar porque então não seriamos provados fiéis no grau que nós somos. E também Ele ousa não nos informar porque isto dissiparia a intensa curiosidade e admiração que segura todo o céu em enlevada atenção (veja 1 Pedro 1:12; 1 Coríntios 11:10).

Algumas vezes nos admiramos porque Deus está nos colocando em teste numa forma aparentemente particular e pessoal, numa forma que ninguém parece saber a não ser nós? Nosso pensamento é errado. Há, como o escritor de Hebreus nos informa uma “grande nuvem de testemunhas” (Hebreus 12:1) olhando com atenção fixa mesmo neste momento.

Quando suportamos os testes e provas desta vida, sem saber assim como Jó, por exemplo, somos deixados com somente uma coisa na qual confiar – o próprio Deus. Quando a vida simplesmente não faz sentido, devemos olhar para Ele que é o Autor e o Consumador da nossa fé, para Ele que tem um grande plano cósmico, um plano para revelar a Sua glória e para cumprir o que é bom para o Seu povo. Devemos confiar Nele que é toda a sabedoria e que é também todo poderoso.

Que grande privilégio o nosso de sermos parte deste grande drama e ter uma parte em trazer louvor e glória para nosso onisciente Deus. Este assunto está muito bem considerado por A. W. Tozer:
“Com a bondade de Deus desejando nosso melhor bem estar, com a sabedoria de Deus planejando, e o poder de Deus para realizá-lo, o que nos falta? Certamente somos a mais favorecida de todas as criaturas”.

(Bible.org)

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