Apesar da lei afirmar que pessoas com Transtorno do Espectro Autista devem ser incluídas no ensino regular com acompanhante, a realidade é bem diferente na sala de aula
Um dos maiores desafios para pessoas com Transtorno do Espectro Autista e familiares é ter acolhimento e respeito nas mais diversas áreas da sociedade. Uma dessas áreas é na educação, onde, por mais que a lei obrigue escolas a ter acompanhamento exclusivo de autistas, a realidade na sala de aula é bem diferente.
Entre as terapias tradicionais para autistas, o tratamento escolar também deve ser especializado. Um exemplo é o caso da Manuela, de oito anos, não há um acompanhante exclusivo para ela, mesmo ela precisando de suporte, já que não fala, usa fralda e depende de suporte para tudo, inclusive nas atividades escolares.
Para Augusto Galery, especialista em educação, o que ocorre com Manuela e diversas crianças que têm nível alto de suporte não é inclusão. “Não é a proposta de inclusão que a gente tem hoje. O ideal é que um acompanhante atue junto com a equipe pedagógica para poder auxiliar o máximo essa pessoa se desenvolver com os outros na sala de aula”, explica.
Agora, a mãe de Manuela irá enfrentar uma batalha para conseguir o que a lei garantiria para a filha. “Agora vai ser uma briga, conseguir o acompanhante em sala de aula”, desabafa.
Famílias de autistas batalham na Justiça por atendimento adequado
As terapias para pessoas com Transtorno do Espectro Autista necessitam de diversos tratamentos, que vão desde habilidades simples até às mais complexas, como socializar, para dar maior autonomia aos autistas.
Erasmo Casella, especialista no transtorno, explica como funcionam as terapias. “É com um tratamento específico, baseado na análise do comportamento. Você faz a terapia e reavalia de três a seis meses para ver o que ocorreu”, pontua.
No caso da família Silva, em que os pequenos Daniel, Bernardo e Caio são autistas, os pais explicam que cada um tem um acompanhamento diferente. “Daniel chacoalhava muito as mãos, girava muito num lugar, Bernardo não falava, Caio nunca fez contato visual, por exemplo”, diz.
Mas a família só conseguiu o tratamento adequado, e que fez diferença na vida dos três irmãos, na Justiça. “Só lá conseguimos que o convênio seguisse a prescrição médica isso fez total diferença”, indica. O tratamento particular, longo e caro, é para poucos. Por isso, os casos de judicialização à procura de tratamentos aumentaram.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, recebeu em 2023 mais de 14 mil queixas contra planos de saúde referentes ao atendimento de autistas. Em 2020, esse número era de 1.350. A negativa de cobertura lidera as reclamações, como explica a advogada Claudia Hakim.
“O que mais ocorre são os planos de saúde alegarem que aquele tratamento, com aquela determinada metodologia prescrita pelo médico, não são garantidas e cobertas pelo plano de saúde”, indica. Desde 2022, as operadoras são obrigadas a cobrir, sem restrições, as terapias indicadas pelos médicos.
(Olívia Freitas)
No dia 2 de abril foi comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. Esta data foi estabelecida em 2007 pelas Nações Unidas e, desde então, vem sendo celebrado como forma de aumentar a conscientização relacionada a todos os aspectos do transtorno do espectro do autismo (TEA). Como mães unidas em oração precisamos orar pelas mães que possuem filhos autistas. Muitas delas se unem com a mesma afinidade de filhos para compartilharem as lutas que enfrentam. Que Deus oriente as mães dando sabedoria para buscarem soluções diante da realidade que vivemos hoje, com tantas dificuldades para atender a demanda de crianças com TEA, especialmente em suas necessidades escolares.
IMPORTANTE: Faça sua inscrição online para receber todas as informações necessárias, através do link:
https://www.maesunidasemoracao.org/Grupos#FacasuaInscricaoeInicieumGrupo
Não deixe nenhum espaço em branco. Caso não tenha como preencher um espaço, coloque ”xxxx”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário