Todos os seres vivos compartilham de um processo comum de existência: nascer, crescer, reproduzir e morrer!
A ordem das etapas do processo existencial não necessariamente envolve a reprodução, dado que nem todos os humanos, por exemplo, optam por ser pai ou mãe, mas certamente que para crescer e se desenvolver todos precisam de espaço físico e simbólico com boas condições para seu crescimento.
Sobre as crianças, todas nascem em situação de total dependência, seus primeiros dias, meses e até mesmo anos de vida, necessitam de cuidado integral e incondicional da mãe, auxílio do pai ou mesmo de uma outra pessoa que assuma o lugar e a função de cuidador. A respeito do cuidado integral, esse deve naturalmente diminuir a medida do crescimento do filho que passa a ganhar competências e habilidades que atendam tanto ao processo natural de crescimento físico como também de desenvolvimento psicológico.
E por falar em desenvolvimento, este nos remota a mudança de grau, nível e/ou de fase! Quando bebê, por exemplo, o filho precisa dos pais até mesmo para o cuidado com necessidades básicas como comer, tomar banho, dormir, e etc. É importante pontuar que os pais e /ou cuidadores precisam estar atentos tanto a integralidade do cuidado como também aos passos naturais que os pequenos devem dar rumo a sua autonomia, ou seja, liberdade e independência para descobrir–se e constituir-se como sujeito, como pessoa única e com isso singular com dons, habilidades, talentos e capacidades próprias.
Aos pais cabe o olhar e apoio incondicional de quem deve ser a referência primordial e principal do filho, são eles “os espelhos “que transmitem à criança o reflexo ou exemplo necessário para criarem “sua própria imagem” e não simplesmente replicar o jeito, personalidade, manias ou mesmo os sonhos de seus genitores.
É a convivência diária entre pais e filhos, o principal dispositivo de identificação e formação da personalidade infantil saudável.
O equilíbrio em tudo é bom e neste caso bom para pais, mas também para os filhos.
Aos pais porque há uma vida antes da criança com outros papéis e outras funções a serem assumidas tanto pelo pai como pela mãe seja como empregado, empregador, esposo (a), namorado (a) estudante...Em fim outras funções e não unicamente a de pai e mãe. Já aos filhos além de todos os motivos já listados, a criança precisa de um espaço e tempo real e simbólico essenciais para criar e ganhar o mundo e viver seus próprios sonhos e realizações.
O problema é quando os pais não reconhecem o crescimento da criança e no dia a dia passam a fazer pelo filho tudo aquilo que ele já consegue fazer e isso vai de atos simples até os mais complexos como carregar a mochila da criança, amarrar os cadarços do seu tênis, colocar comida em sua boca, dar banho e até mesmo responder as suas tarefinhas de escola.
Vale ressaltar o que chamo de “cuidado condicionado” uma espécie de liberdade que os pais devem dar à criança para que assumam pequenos cuidados consigo mesma e com seus objetos e isto “aos olhos” e supervisão dos pais, pois é bem verdade que uma criança de três anos de idade por exemplo, ainda não consegue tomar um bom banho sozinha mas não necessita ter sua comidinha levada à boca como no caso de um bebê.
Quanto aos motivos que levam pais a superprotegerem seus filhos, não há um motivo único, aliás estes podem ter motivações conscientes e até mesmo inconscientes, por isso são muito particulares de cada caso, ou seja,” cada caso é um caso”. Mas neste padrão de comportamento parental, o que se torna comum é o fato dos pais subestimarem e superprotegerem seus filhos, e fazerem por eles aquilo que eles já contam com idade e habilidade para fazer e isso vai das coisas simples as mais complexas como tomar satisfação com colegas de classe do filho diante de um mero conflito infantil ou mesmo quando interferem na autoridade do professor por não aceitar e não admitir que seu filho seja frustrado. E para a criança, quais os possíveis danos mentais ou psicológicos?
Se o que se forma é uma criança superprotegida, o que se terá é um adulto super fragilizado!
Uma criança superprotegida certamente não reconhece e não internalizará o “NÃO”, não pode, não vá, não tenho hoje, não saia, não faça isso, não faça aquilo...em fim, alguém que acha que tudo pode, por que é assim mesmo que é criado e é assim mesmo que tem aprendido.
Nesse sentido, retomo a citação inicial de que todo ser vivo nasce, cresce reproduz e morre, mas que especialmente para crescer este precisa contar com cuidado e ferramentas físicas e psicológicas que o possibilitem se formar e constituir-se como pessoa e sujeito único, afinal de contas todos precisam de liberdade individual para viver os processos naturais a todos os seres humanos: nascer, crescer, se desenvolver e morrer.
Andréia Leite
Psicóloga & Coach Infantil/Familiar
Membro Profissional do CPPC- Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos
Mães Unidas em Oração, filhos protegidos.
Todo filho precisa de uma mãe que ora.
Você já orou pelo seu filho hoje?
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Coeditora do Blog: Sirlei Mendonça Campos)
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