A era digital está transformando o mundo à nossa volta. O ritmo da vida está cada vez mais frenético. As modalidades de trabalho se apresentam em novos formatos, que vão extinguindo outros, na medida em que surgem novas profissões fomentadas pelas facilitações das tecnologias digitais. A obtenção e troca de informações também contribuem para essa transformação, pois os botões e as telas geram rapidez, praticamente instantâneas, nas atualizações do que acontece no mundo.
As principais transformações se mostram na modificação do comportamento humano e nos relacionamentos entre as pessoas.
Acessar telas virou uma nova rotina. Clicar e deslizar os dedos vai-se tornando em hábito que permeia todos os espaços do cotidiano.
As formas de conversar e interagir perpassam pelas redes sociais e os aplicativos vão gradativamente ocupando o lugar do toque, do beijo, do abraço e do olho no olho.
Acessar telas vai-se transformando num hábito de distração para o tédio e as frustrações. Apertar botões parece ser mais fácil do que processar e monitorar as emoções difíceis.
Crianças e adolescentes utilizam dispositivos, videogames e a internet, em idades cada vez mais precoces, a cada momento e em qualquer lugar.
Os pais da atual geração de crianças e adolescentes, também nativos digitais, nem sempre percebem as mudanças e suas influências para o desenvolvimento de seus filhos. Muitas vezes demonstram falta de bom senso devido a pouca informação adequada, ou até mesmo inexistente.
Cenários e pessoas reais se tornam desinteressantes diante de cenários e pessoas virtuais. Esse fato contribui significativamente para o distanciamento entre os cônjuges.
O enfraquecimento dos vínculos se estabelece na medida em que as relações se tornam cada vez mais objetais e descartáveis.
A reunião familiar ocorre mais em torno do celular, do que em torno de uma mesa posta. Conectados, porém desconectados, juntos, porém separados, pelo comportamento de ausência produzido com o constante uso de tecnologia digital.
Há um aumento do excesso de exterioridade. Uma sensação de que se existe somente pelo número de curtidas/likes/visualizações recebidas em alguma postagem em rede social ou canal.
A “celebrização” dos filhos, que parte de um interesse por parte dos pais de ter um (a) filho (a) com fama, para dela usufruir, inclusive financeiramente.
O aumento de ansiedades e depressões, podem também ter como base:
(a) As restrições de sono devido a luz refletiva pelo visor, que reduz a produção do hormônio indutor do sono, a melatonina. A falta de produção da melatonina dificulta a condição de adormecer e favorece o aumento dos despertares noturnos na madrugada. A má qualidade do sono também interfere na solidificação das memórias e dos aprendizados obtidos ao longo do dia.
(b) A intolerância ao que é entediante e frustrante. Esse aspecto fica evidente em crianças que utilizam tecnologia em excesso. Diante de exposição prolongada a jogos que dão pontos, por exemplo, ocorre liberação considerável de dopamina, que é um hormônio neurotransmissor cerebral do bem-estar. Nada de errado com a liberação desse hormônio. No entanto, a dificuldade se estabelece pelo fato de que não é liberada de forma tão intensa em outras ocasiões. Diante do que os cenários da vida real podem se tornar entediantes, incluindo a escola, os estudos, bem como a vida social e familiar.
Certamente há benefícios no uso das tecnologias digitais, mas se não houver informação adequada e bom senso quanto ao uso, é possível que os malefícios se sobreponham aos benefícios.
Além disso ainda tem as questões de segurança. A internet pode ser um vasto território de interatividade e de importantes aprendizados, no entanto, também pode ser uma terra sem lei, em que coabitam gente de bem com gente extremamente mal intencionada.
Diante desse cenário:
Será que a abordagem da educação de filhos mudou drasticamente por causa do acúmulo de informações, acesso à internet, redes sociais, Fake News, entre outros?
Certamente há benefícios no uso das tecnologias digitais, mas se não houver informação adequada e bom senso quanto ao uso, é possível que os malefícios se sobreponham aos benefícios.
Além disso ainda tem as questões de segurança. A internet pode ser um vasto território de interatividade e de importantes aprendizados, no entanto, também pode ser uma terra sem lei, em que coabitam gente de bem com gente extremamente mal intencionada.
Diante desse cenário:
Será que a abordagem da educação de filhos mudou drasticamente por causa do acúmulo de informações, acesso à internet, redes sociais, Fake News, entre outros?
Como pais e filhos podem estabelecer uma comunicação efetiva e saudável?
Como os pais podem lidar com toda essa multiplicidade de informação provinda do mundo virtual?
O que dizem os especialistas sobre o assunto?
INDICADORES DE PESQUISA
A Sociedade Brasileira de Pediatria destaca, no manual para saúde de crianças e adolescentes na era digital (2016, p. 2)[1], que:
Os estudos científicos comprovam que a tecnologia influencia comportamentos através do mundo digital, modificando hábitos desde a infância, que podem causar prejuízos e danos à saúde. O uso precoce e de longa duração de jogos online, redes sociais ou diversos aplicativos com filmes e vídeos na Internet pode causar dificuldades de socialização e conexão com outras pessoas e dificuldades escolares; a dependência ou o uso problemático e interativo das mídias causa problemas mentais, aumento da ansiedade, violência, cyberbullyng, transtornos de sono e alimentação, sedentarismo, problemas auditivos por uso de headphones, problemas visuais, problemas posturais e lesões de esforço repetitivo (LER); problemas que envolvem a sexualidade, como maior vulnerabilidade ao grooming e sexting, incluindo pornografia, acesso facilitado às redes de pedofilia e exploração sexual online; compra e uso de drogas, pensamentos ou gestos de autoagressão e suicídio; além das “brincadeiras” ou “desafios” que podem ocasionar consequências graves e até o coma por anóxia cerebral ou morte.
Nesse universo, pais reconhecem que os filhos usam muito smartphones, mas também admitem que também usam muito seus telefones celulares.
O uso demasiado das tecnologias digitais instaura novas compulsões na atualidade, em vícios sem substâncias, pela dependência de telas[2].
O QUE DIZEM AS LEIS?
A Declaração Universal dos Direitos da Criança[3], foi o documento elaborado em 20 de novembro de 1959, pela ONU (Organização das nações Unidas), que delineou dez princípios fundamentais, visando assegurar os direitos da criança, chamar atenção dos pais, das organizações voluntárias, autoridades locais e governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e empenho em sua aplicação. Especialmente chama a atenção o princípio de número 6, que estabelece que a criança deverá crescer num ambiente de amor, compreensão, afeto e segurança moral e material, cuidada sob a responsabilidade de seus pais.
A Constituição Federal Brasileira[4], estabelecida em 1988, assegura no artigo 227º a proteção integral da criança e do adolescente. Estipula que:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança , ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O estatuto da criança e do adolescente (ECA)[5], na Lei no 8069 de 1990, em seus artigos 240 e 241 descreve como crime a produção de fotos, imagens ou transmissão de conteúdo com cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo crianças e adolescentes.
Em 2014 surge a Lei nº 12.965, como um marco civil da internet. No artigo 29º destaca a necessidade do controle e vigilância por parte dos pais e a educação digital, como formas de proteção frente as mudanças tecnológicas, levando em conta especialmente os impactos provocados nas famílias e nas rotinas e vivências das crianças e adolescentes. Porém, tanto os pais como os educadores nas escolas precisam aprender como exercer esta mediação e serem alertados sobre os riscos e os limites necessários para assumirem esta responsabilidade. [6]
Enfatizando o papel dos pais perante o Estatuto da Criança e do Adolescente, o juiz Luiz André Reis Lacerda (2013)[7] comenta:
Parece óbvio que o mundo de hoje não é o de antigamente em que filhos tinham um ‘temor reverencial’ aos pais e a rebeldia própria da adolescência não se confundia com filhos agredindo e até assassinando seus pais, como frequentemente tem noticiado a mídia. Entretanto, não se pode com isto simplesmente ‘lavar-se” as mãos, atribuir a culpa de tudo para fatores fora da família e acharmos que uma solução mágica irá resolver todos os problemas inerentes à criação dos filhos da noite para o dia. A solução, como intuitivo, precisa passar primeiro pela conscientização geral e cada vez maior que cada pai deve ter pela criação de seus filhos e que esta tarefa não pode ser tida como delegável, cabendo aos pais um cuidado diuturno com cada ato, com a educação permanente, e com o planejamento do futuro que se quer para seus filhos. Assim, pode-se perceber que é dever dos pais ou responsáveis legais a educação de sua prole, sem se poder argumentar que crianças e adolescentes podem fazer tudo o que desejam sem respeitar a autoridade daqueles que exercem o poder familiar.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS?
A Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um manual para saúde de crianças e adolescentes na era digital [8]e recomenda:
Nesse universo, pais reconhecem que os filhos usam muito smartphones, mas também admitem que também usam muito seus telefones celulares.
O uso demasiado das tecnologias digitais instaura novas compulsões na atualidade, em vícios sem substâncias, pela dependência de telas[2].
O QUE DIZEM AS LEIS?
A Declaração Universal dos Direitos da Criança[3], foi o documento elaborado em 20 de novembro de 1959, pela ONU (Organização das nações Unidas), que delineou dez princípios fundamentais, visando assegurar os direitos da criança, chamar atenção dos pais, das organizações voluntárias, autoridades locais e governos nacionais, para o reconhecimento dos direitos e empenho em sua aplicação. Especialmente chama a atenção o princípio de número 6, que estabelece que a criança deverá crescer num ambiente de amor, compreensão, afeto e segurança moral e material, cuidada sob a responsabilidade de seus pais.
A Constituição Federal Brasileira[4], estabelecida em 1988, assegura no artigo 227º a proteção integral da criança e do adolescente. Estipula que:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança , ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O estatuto da criança e do adolescente (ECA)[5], na Lei no 8069 de 1990, em seus artigos 240 e 241 descreve como crime a produção de fotos, imagens ou transmissão de conteúdo com cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo crianças e adolescentes.
Em 2014 surge a Lei nº 12.965, como um marco civil da internet. No artigo 29º destaca a necessidade do controle e vigilância por parte dos pais e a educação digital, como formas de proteção frente as mudanças tecnológicas, levando em conta especialmente os impactos provocados nas famílias e nas rotinas e vivências das crianças e adolescentes. Porém, tanto os pais como os educadores nas escolas precisam aprender como exercer esta mediação e serem alertados sobre os riscos e os limites necessários para assumirem esta responsabilidade. [6]
Enfatizando o papel dos pais perante o Estatuto da Criança e do Adolescente, o juiz Luiz André Reis Lacerda (2013)[7] comenta:
Parece óbvio que o mundo de hoje não é o de antigamente em que filhos tinham um ‘temor reverencial’ aos pais e a rebeldia própria da adolescência não se confundia com filhos agredindo e até assassinando seus pais, como frequentemente tem noticiado a mídia. Entretanto, não se pode com isto simplesmente ‘lavar-se” as mãos, atribuir a culpa de tudo para fatores fora da família e acharmos que uma solução mágica irá resolver todos os problemas inerentes à criação dos filhos da noite para o dia. A solução, como intuitivo, precisa passar primeiro pela conscientização geral e cada vez maior que cada pai deve ter pela criação de seus filhos e que esta tarefa não pode ser tida como delegável, cabendo aos pais um cuidado diuturno com cada ato, com a educação permanente, e com o planejamento do futuro que se quer para seus filhos. Assim, pode-se perceber que é dever dos pais ou responsáveis legais a educação de sua prole, sem se poder argumentar que crianças e adolescentes podem fazer tudo o que desejam sem respeitar a autoridade daqueles que exercem o poder familiar.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS?
A Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um manual para saúde de crianças e adolescentes na era digital [8]e recomenda:
O tempo de uso diário ou a duração total/dia do uso de tecnologia digital seja limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento cerebral-mental-cognitivo-psicossocial das crianças e adolescentes.
Para crianças com menos de dois anos de idade deve-se desencorajar, evitar e até proibir a exposição passiva em frente às telas digitais, com exposição aos conteúdos inapropriados de filmes e vídeos, principalmente, durante as horas das refeições ou 1-2 h antes de dormir.
Para crianças entre 2 a 5 anos de idade deve-se limitar o tempo de exposição às mídias ao máximo de 1 hora por dia.
Crianças entre 0 a 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus próprios quartos.
Adolescentes não devem ficar isolados nos seus quartos ou ultrapassar suas horas saudáveis de sono às noites (8-9 horas/noite/fases de crescimento e desenvolvimento cerebral e mental). Estimular atividade física diária por uma hora.
Crianças menores de 6 anos precisam ser mais protegidas da violência virtual, pois não conseguem separar a fantasia da realidade.
Jogos online com cenas de tiroteios com mortes ou desastres que ganhem pontos de recompensa como tema principal, não são apropriados em qualquer idade, pois banalizam a violência como sendo aceita para a resolução de conflitos, sem expor a dor ou sofrimento causado às vítimas, contribuem para o aumento da cultura de ódio e intolerância e devem ser proibidos.
Estabelecer limites de horários e mediar o uso com a presença dos pais para ajudar na compreensão das imagens. Equilibrar as horas de jogos online com atividades esportivas, brincadeiras, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza.
Conversar sobre as regras de uso da Internet, configurações para segurança e privacidade e sobre nunca compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais ou se expor através da utilização da webcam com pessoas desconhecidas, nem postar fotos íntimas ou nudes, mesmo com ou para pessoas conhecidas em redes sociais.
Monitorar os sites, programas, aplicativos filmes e vídeos que crianças e adolescentes estão acessando/visitando/trocando mensagens, sobretudo em redes sociais. Manter os computadores e os dispositivos móveis em locais seguros, e ao alcance das responsabilidades dos pais (na sala) ou das escolas (durante o período de aulas).
Usar antivírus, antispam, antimalware e softwares atualizados ou programas que servem de filtros de segurança e monitoramento para palavras ou categorias ou sites. Alguns restringem o tempo de uso de jogos online e o uso de aplicativos e redes sociais por faixa etária. Ainda assim, é importante explicar com calma e sem amedrontar as crianças e adolescentes sobre quais são os motivos e perigos que existem na Internet, espaço vazio e virtual e onde nem tudo é o que parece ser!
Aprender / Ensinar a bloquear mensagens ofensivas ou inapropriadas, redes de ódio, violência ou intolerância ou vídeos com conteúdos sexuais e como denunciar cyberbullying no disque-denúncia no número de telefone 100.
Conversar sobre valores familiares e regras de proteção social para o uso saudável, crítico, construtivo e pró-social das tecnologias usando a ética de não postar qualquer mensagem de desrespeito, discriminação, intolerância ou ódio. Desconectar. Dialogar. Aproveitar oportunidades aos finais de semana e durante as férias para conviver com a família, com amigos e dividir momentos de prazer sem o uso da tecnologia, mas com afeto e alegria.
Os pais devem: Estabelecer regras e limites bem claros “concordantes” sobre o tempo de duração em jogos por dia ou no final de semana; Discutir francamente qualquer mensagem ofensiva, discriminatória, esquisita, ameaçadora ou amedrontadora, desagradável, obscena, humilhante, confusa, inapropriada ou que contenha imagens ou palavras pornográficas u violentas típicas das redes de intolerância ou ódio e como fazer para bloqueá-la; Verificar a classificação indicativa para games, filmes e vídeos e conteúdos recomendados de acordo com a idade e compreensão de seus filhos, em normas técnicas e guias práticos para todas as famílias e também acessíveis online; Conversar com seus filhos sobre a Internet e também sobre as redes sociais e quais os sites que são mais apropriados, de acordo com o desenvolvimento e a maturidade de cada um, compartilhando o uso positivo das tecnologias digitais com seus filhos nas tarefas de rotina ou lazer, mas sem invadir os espaços e as mensagens de cada um. Fazer uma lista de sites recomendados, conversar sobre os perigos e riscos da Internet ou encontros com pessoas desconhecidas em redes sociais ou fora delas.
A COMUNICAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS
Era digital ou não, a comunicação entre pais e filhos sempre foi um desafio importante. Popularmente até se fala que o principal problema das famílias é a falta de comunicação. As evidências para essa inferência apontam para pouca conversa verbal ou, em grande parte a ausência dela. Ou seja, as lacunas verbais, entre os membros familiares, são comumente compreendidas como falta de comunicação. No entanto, estudos sobre a comunicação humana apontam que a ausência de comunicação verbal não é equivalente a falta de comunicação. Pois, comunicar envolve uma variante de elementos comunicacionais que ultrapassam em muito a fala verbal. Esse aspecto levou os pesquisadores[9] sobre a comunicação humana a formular um axioma fundamental: Não é possível deixar de comunicar-se! Esse axioma pressupõe que em qualquer relação humana há algum tipo de comunicação em andamento e que ultrapassa a fala verbal. Dessa forma, a comunicação humana não significa simplesmente transmitir informações verbais, mas envolve toda a conduta, que inevitavelmente afeta a relação contextual em que pessoas interagem.
Portanto, o principal problema das famílias não é a falta de comunicação. O que falta, na realidade, é o diálogo, que é um falar e escutar em reciprocidade. Mas, não é qualquer fala e escuta. A fala deve ser assertiva, em que se tem o direito de dizer o que se sente e o que se pensa, mas deve-se fazê-lo sem atropelar os outros. A escuta deve ser empática, de forma a levar em consideração a perspectiva dos outros também.
O exercício do diálogo tem especial sentido para a vida familiar, pois permite que os membros familiares convivam de forma interativa, em que levam em consideração as perspectivas de uns aos outros no respeito e amor.
O diálogo favorece os acordos, desfaz mal-entendidos, dissolve as mágoas e implementa regras e limites mais justos para a convivência familiar. Em se tratando do uso de tecnologias digitais, a relação dialógica é o recurso mais importante para estabelecer rotinas e regras saudáveis, que beneficiem a todos os membros da família.
No entanto, caso os pais não ensinarem pela sua conduta, o acordo verbal poderá ter pouca efetividade.
Importante ainda destacar que a responsabilidade pela monitoria das irritações, dos aprendizados e da dinâmica familiar são os adultos da casa, ou seja, o pai e a mãe.
O diálogo mantem o canal aberto entre pais e filhos, o que incentiva a reflexão e melhor a interação familiar. A falta do diálogo pode deixar os filhos desamparados e não terem para onde levar suas dúvidas, preocupações ou para um conselho diante de uma sensação ou angústia pela qual estão passando. Espera-se que os pais sejam mais maduros, de forma que possam dar segurança para seus filhos.
O universo digital é como a rua, onde tem pessoas de todos os tipos, boas e más, também tem perigos aparentes e escondidos. Por isso, os pais devem manter esse assunto atualizado nas conversas familiares. Conversar e compartilhar ideias promove maior sobriedade e interatividade sobre o assunto.
ALGUMAS DICAS PRÁTICAS
Leve seu filho para conviver com a natureza. O contato com a natureza ajuda a relaxar, a lidar melhor com as emoções e facilita o desenvolvimento da inteligência espiritual. O déficit de natureza tem sido reconhecido como um dano para a saúde física, emocional, relacional e espiritual. Inclua a natureza na vida da sua família. Um piquenique pode ser uma boa ideia.
Cuidar da comunicação familiar com coisas simples, como conversas durante o jantar, refeições sem celular. Desligar as mídias para que conversas sejam promovidas de forma espontânea. Desligar para LIGAR. Desconectar para CONECTAR.
Mantenha o contato físico, do olhar, do toque, do carinho e do afeto ao invés de mensagens de texto e emojis.
Recupere a convivência familiar.
Conte histórias.
Construa um ambiente agradável. Essa construção é da responsabilidade dos pais, que devem dar o exemplo no controle e monitoria de suas emoções.
Seja exemplo para seu (s) filho (s) no uso adequado das tecnologias digitais. Os adultos precisam dar o exemplo. Pais imersos e absortos em seus celulares podem gerar pouca conexão emocional, os vínculos familiares podem se tornar fragilizados e maiores conflitos podem surgir na família, que tendem a aumentar, na medida em que os filhos crescem.
OLHE NOS OLHOS! AME! ABRACE! ESCUTE! CONVERSE! BRINQUE JUNTO! SORRIA! HARMONIZE! PARTICIPE DA VIDA DE SEU FILHO (A)!
DESLIGUE AS TELAS E PERCEBA QUEM É O SEU FILHO!
EDUQUE SEU FILHO – NISSO HÁ ESPERANÇA!
(Por Clarice Ebert, Psicóloga,Terapeuta Familiar, Mestre em Teologia, Professora, Palestrante, Escritora. Membro e docente de EIRENE do Brasil e do CPPC - Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos)
Mães Unidas em Oração, filhos protegidos.
Todo filho precisa de uma mãe que ora
Você já orou pelo seu filho hoje?
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(Coeditora do Blog: Sirlei Mendonça Campos)
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