"O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos." (Pv 16:9)
Nós temos conhecimento dos Planos Eternos de Deus, sobre a vontade soberana de Deus no universo e nas vidas de cada um de nós. Mas o que as Escrituras nos dizem sobre os planos humanos?
O livro de Provérbios nos é especialmente útil neste sentido. Nós podemos definir provérbio como sabedoria concentrada. São frases que resumem ensinos necessários à vida humana.
Observemos rapidamente estes textos que falam de planos, projetos ou caminhos humanos, em busca de orientação para as nossas vidas.
O que eles nos ensinam?
Estes textos nos ensinam que os planos e os projetos humanos são legítimos. Os animais são direcionados pelo instinto, eles não têm planos, são movidos pela satisfação das suas necessidades físicas. Mas não pode ser assim com os seres humanos racionais. Nos compete fazer planos, traçar caminhos, estabelecer propósitos e metas na vida.
Jesus ilustra a legitimidade dos projetos humanos com a seguinte pergunta:
"Pois, qual de vós, pretendendo construir uma torre não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançados os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele dizendo: este homem começou a construir e não pode acabar". (Lc 14:28-30)
Por outro lado, a preocupação excessiva pela vida não é lícita. Temos que confiar na fidelidade de Deus. Mas a negligência e ociosidade são igualmente ilícitas. Ao mesmo tempo em que as Escrituras condenam a solicitude pela vida, nos apresentam a formiga como modelo de prudência, por armazenar no verão o alimento para comer no inverno. (Pv 6:6-11; 30:25)
Mas o coração do homem é enganoso e precisamos reconhecer isso. A nossa capacidade de avaliação da retidão e pureza dos nossos projetos é muito falha. Nós somos tentados a considerar os nossos caminhos sempre retos aos nossos próprios olhos. Entretanto, caminhos que nos parecem retos, são estradas perigosas que levam a precipícios mortais.
Nos nossos planos devemos Ter cuidado especial contra o perigo da avareza, que está intimamente ligado ao desejo de riqueza.
Neste sentido o apóstolo Paulo adverte Timóteo: "Ora, os que querem ficar ricos caem em tentações e ciladas, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nesta cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores". (1 Tm 6:9-10)
Nossos planos de riqueza podem esconder perigosas ciladas para nossa alma. Tenhamos cuidado.
Outro perigo que pode estar por trás dos nossos planos é a auto-suficiência, a arrogância. Se os nossos planos são absolutos, se não dependem da vontade de Deus, é bem provável que se constituam em caminho de morte. Se pensamos que podemos contar com o futuro, e dispor dele como nos aprouver, demonstramos insensatez e estamos completamente enganado. Desfrute bem do hoje porquê o amanhã está nas mãos de Deus.
Qual então, é a atitude sábia com relação aos planos humanos? Como podemos agir com sabedoria, ao traçarmos nossos planos para o futuro?
Devemos confiar ao Senhor os nossos planos, se desejarmos que tais planos sejam caminhos de vida. Podemos traçar os caminhos, mas conscientes da nossa falibilidade, devemos deixar que o Senhor nos dirija os passos.
"Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento, reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas." (Pv 3:5-6).
Isto implica em reconhecermos a soberania de Deus sobre as nossas vidas. Em reconhecermos que o Senhor tem um plano eterno, perfeito e imutável. E que Ele faz todas as coisas de acordo com o conselho da Sua própria vontade.
Implica também, saber que o pré-requisito fundamental para o sucesso dos nossos planos é que eles estejam de acordo com a vontade de Deus revelada nas Escrituras.
As Escrituras estão repletas de princípios gerais que devem nortear as nossa vidas. Se nossos projetos contrariam estes princípios gerais, não podemos esperar a bênção de Deus sobre eles. Não podemos acalentar que, de algum modo, possam ser projetos corretos.
Além do que as Escrituras nos ensinam que não podemos dispensar os conselheiros: "Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros, há bom êxito." (Pv 15:22).
Há pessoas mais idosas com as quais podemos nos aconselhar. Os filhos devem recorrer aos pais - em algumas ocasiões os pais também devem recorrer aos filhos. O conselho de irmãos em Cristo mais experientes, e de pastores, podem determinar o bom êxito dos nossos projetos. Enquanto que onde não há conselheiros, muitos fracassos podem ser esperados.
Fonte: http://www.ipfarol.com.br/estudos
Ensinemos aos nossos filhos que Deus é um pai amoroso, que quer o melhor para nós, e que os nossos caminhos Ele conhece porque foi Ele quem fez.
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