Estabilidade emocional é uma conquista, um patrimônio sem medida. Esse estado de espírito elimina o entra-e-sai da tristeza e da alegria, do temor e da coragem, da depressão e da euforia, da dúvida e da certeza. Diminui as desgastantes variações de ânimo. A genuína estabilidade emocional não depende necessariamente de alguém ao nosso redor nem de circunstâncias favoráveis. Ela suporta os imprevistos, a dor, o sofrimento e a distância. Ela se dá a despeito de tudo e de todos. Doutra forma, não poderia ser chamada de estabilidade emocional.
O cristão que põe o Senhor à sua frente dia após dia, momento após momento, além de não ser facilmente abalado, experimenta uma alegria preciosa e curiosa. Essa é a experiência do salmista: “[Porque sempre tenho o Senhor diante de mim], o meu coração se alegra e no íntimo exulto” (Sl 16.9).
Trata-se de uma alegria de águas profundas, nascida e preservada no âmago, no centro, na parte mais íntima do ser, na alma. Uma alegria, digamos, espiritual. Uma alegria interior e não facial. É a tal alegria teimosa, que nunca vai embora, que ninguém pode arrancar, que ladrão algum pode roubar, da qual falou Jesus (Jo 16.22).
A mais famosa afirmação de estabilidade emocional foi feita pelo profeta Habacuque. Em tempos absurdamente difíceis, ele declarou: “Ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hb 3.18).
É muito pobre a alegria que, ao primeiro susto, bate as asas. O crente bem treinado e exercitado na alegria pode fazer a mesma declaração que Paulo fez: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.12).
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