A solidão é a grande inimiga da humanidade. Milhões e milhões de pessoas vivem amedrontadas com a solidão, mesmo habitando as grandes metrópoles e vivendo num mundo de mais de 8 bilhões de pessoas.
Isto parece muito contraditório, mas de fato tem se constituído numa realidade inconteste especialmente no mundo moderno e pós-moderno. Porém ainda há esperança. Num mundo de densas trevas espirituais, morais e sociais, há uma maravilhosa promessa do Senhor Jesus Cristo que afirma: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” Que promessa maravilhosa e abençoadora, para um mundo sem esperança e de futuro duvidoso!
Enquanto nos considerarmos autossuficientes, perderemos a chance de ver Deus agindo em nós e através de nós. Porém, quando abrirmos mão de nossa autossuficiência, podemos ouvir a Sua voz nos convidando para ir a Jerusalém com Ele. Acompanhar Jesus até Jerusalém pode significar algo que não gostaríamos de viver, uma experiência dolorosa, uma perda, como foi para os discípulos, que viram seu mestre morrer e a esperança adquirida em três anos de convivência ser sepultada com Ele.
Mas por outro lado pode significar a companhia de um amigo maravilhoso, fiel e gracioso, que foi morto, sepultado e ressuscitou três dias depois, aparecendo em seguida a seus discípulos, ainda que alguns não o tenham reconhecido no caminho para Emaús, e outros duvidassem da sua real presença. Embora tivesse consciência da incredulidade deles, ministrou paz para os mesmos, comeu com eles e prometeu estar presente todos os dias. Disse, também, que mandaria seu Espírito para unção e benção, e ainda garantiu que voltaria para levá-los para junto do Pai.
A solidão tem se tornado uma opção de vida, não porque Deus queira que as pessoas vivam solitárias, mas como resultado do egoísmo e insensibilidade. Cada pessoa constrói seu próprio mundo e, depois de algum tempo, começa a ver este mundo ruir por terra. Resultado, aparece o medo, a depressão, e a vida perde o sentido. Foi assim com aqueles dois discípulos na estrada de Emaús, e também com os discípulos quando resolveram ir pescar, porque Jesus não estava mais presente. Esqueceram que Deus se autodefine como um Deus presente, um Deus que é, e no tempo certo da história, se manifestou na pessoa de seu filho Jesus Cristo. O verbo divino, que continua presente, e através do Espírito nos acompanha a cada dia e cada hora. Ele é, e Ele também está.
Pastor João Venâncio
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