Jesus nos ensina a orar no contexto da vida inquieta e ansiosa (Mt 6). A ansiedade e a inquietação fazem parte hoje do modo natural de viver. Alguns chegam a pensar que uma vida sem ansiedade é não só impossível, como também irreal. Precisamos dela para acordar, trabalhar, se relacionar, culminando com um tranquilizante para relaxar e dormir, e, depois, começar tudo novamente. No entanto, é por causa dessa inclinação humana que Jesus nos chama para entrar no quarto, fechar a porta e reconhecer a presença oculta e silenciosa de Deus. A quietude do quarto é o espaço necessário para se aprender a orar e fazer sossegar a alma agitada, mas isso parece ser mais difícil do que imaginamos.
Para mentes e corações ansiosos e inquietos, o salmista revela-nos o que acontece no silêncio do quarto: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação […]. Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.” (Sl 62.1-5) A espera silenciosa no Senhor é um princípio básico da oração. A disciplina da espera é a resposta de Deus para mentes e corações inquietos.
Esperar significa reconhecer que os caminhos de Deus são melhores do que os nossos. A serenidade da alma expressa o desejo de ouvir e conhecer os pensamentos de Deus, submeter-se a eles e experimentar a consciência de sua presença. Por outro lado, a ansiedade é a reação emocional de uma alma inquieta e perturbada, que encontra dificuldade em se submeter a Deus e que insiste em ter o controle de todas as coisas.
É comum para a alma agitada e perturbada falar mais, inclusive em oração, mas aprendemos que, nesses momentos de ansiedade, o melhor mesmo é encontrar um lugar calmo e permanecer ali em silêncio, buscando ouvir a voz suave de Deus. A espera é a disciplina espiritual necessária quando nos vemos perturbados e abatidos: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42.5)
O exercício da espera tira de nós o peso de insistir em nosso jeito de viver e resolver os problemas. Uma luta constante que todos enfrentamos é achar que as nossas opções são sempre as melhores. É por isso que o salmista afirma que esperou confiantemente pelo Senhor (Sl 40). Não se trata apenas de uma espera paciente, mas de uma espera confiante. Não se sabe quanto tempo ele precisou esperar, mas no momento certo Deus se inclinou para ele. Gosto desta expressão: “Ele se inclinou para mim”. Deus vem até nós, se curva e procura nos ouvir mesmo quando nossa voz já não consegue emitir som algum. Ele se inclina como um pai se inclina para ouvir o seu filhinho. Não se trata de um ouvir displicente, desinteressado, mas atencioso e amoroso.
O Salmo 46 descreve um cenário de conflitos e tensão. Em meio a ameaças de guerras e tumultos, o silêncio do quarto nos convida a duas atitudes fundamentais. Uma delas é contemplar as obras do Senhor (v. 8). Ver o que Deus já fez e está fazendo. Tudo neste mundo é mais barulhento do que Deus. É no silêncio que o barulho do mundo cessa e as obras de Deus aparecem. A outra atitude é aquietar e saber que Deus reina (v. 10). Se cremos que Deus é o Senhor, a serenidade é a atitude correta de quem sabe que ele tem a palavra final. É a oração da espera silenciosa, e não a ansiedade, que nos coloca em contato com a realidade e nos conduz ao descanso da alma.
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